Notícias SINDJOR
Sindjor Goiás participa de ações em defesa da ABC e dos trabalhadores
Desde que foi procurado por servidores da Agência Brasil Central e tomou conhecimento da intenção do Governo do Estado de Goiás em mudar a sede da ABC para o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) , o Sindjor Goiás tem participado ativamente de ações em defesa dos/as trabalhadores/as. Na última ação, nesta terça-feira, 2 de maio, o presidente, Cláudio Curado, protocolou ofício no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA-GO), solicitando investigação sobre a situação de alvarás e segurança do atual prédio da ABC e das condições do CCON.
No documento protocolado no CREA-GO, o sindicato solicita:
- Que informe se já foi solicitado ao CREA os pedidos de vistoria necessários para atuação de uma empresa que tem em sua estrutura emissão de ondas de rádio que podem prejudicar o ser humano em um prédio não construído para este fim, no caso, o CCON;
- Que informe se a atual instalação da ABC possui os alvarás necessários para sua perfeita atuação. Sendo negativa, que providências são possíveis de serem tomadas para resguardar a integridade física dos trabalhadores.
O sindicato não considera razoável que o Estado tenha investido recentemente cerca de 36 milhões de reais em melhorias na estrutura da TV e Rádio Brasil Central e que, sem justificativa plausível, vá jogar boa parte desse dinheiro público fora. Cláudio destaca que existem construções que são feitas para uma finalidade específica. No caso da ABC foi feito e equipado especificamente para uma estrutura de comunicação.
“Certamente a adaptação do prédio do CCON para receber uma TV e ainda o desmonte de uma complexa estrutura de TV para se tornar espaço burocrático da Secretaria de Saúde terá um custo muito maior do que manter a TV em sua atual e específica estrutura e, destinar, por exemplo, o prédio da antiga gráfica do Estado, ao lado da SES, para o fim pensado”, pontua.
No documento protocolado no CREA-A o sindicato reforça que é de conhecimento público que o prédio onde atualmente funciona a ABC foi construído especificamente para esse fim, com áreas arquitetonicamente planejadas para estúdios, redações e outros ambientes de uma emissora de rádio e TV. “O prédio histórico, construído há mais de 50 anos, ainda hoje é moderno e extremamente funcional”, afirma.
O presidente esclarece ainda que o pretexto utilizado pelo Governo para justificar a mudança seria colocar toda a estrutura da Secretaria de Saúde em um único espaço. Porém, Curado argumenta que existe outro prédio ao lado da Secretaria de Saúde, onde existia a desativada gráfica do Estado, que poderia, com custos bem menores, receber a estrutura pretendida pelo Governo.
“Instalar uma estrutura de comunicação em um prédio não construído para esse objetivo implicará em despesas acima do razoável, caracterizando desperdício de dinheiro público. Mas, principalmente, essa mudança estaria expondo jornalistas e outros profissionais aos perigos inerentes a uma empresa que atua com emissão de radiofrequência”, esclarece.
Demais ações do sindicato
No dia 24 de abril, o presidente do Sindjor Goiás protocolizou ofício no Ministério Público de Goiás ao Procurador Geral de Justiça, Ciro Terra Perez. No documento o sindicato solicita que o MP-GO faça questionamento ao Poder Executivo para que o mesmo apresente:
- O real valor investido na ABC nos últimos 8 anos;
- O custo estimado da reforma necessária para a mudança da ABC para o prédio da CCON, incluindo custo de engenharia, arquitetura, transporte e outros;
- O custo estimado para adaptação do prédio da ABC para ser usado pela Secretaria Estadual de Saúde;
- O do Governo do Estado para adaptação do prédio da antiga gráfica do Estado para uso pela SES.
Curado reforça que o Governo não ouviu a sociedade, nem o setor cultural e nem os jornalistas da ABC sobre a mudança.
No dia 12 de abril, o presidente do SindJor-GO participou de Audiência Pública, no Auditório 1 da Assembleia Legislativa de Goiás, ocasião em que foram discutidos assuntos referentes à mudança do prédio e impactos na vida dos(as) trabalhadores(as).
No dia 11 de abril, o Sindjor Goiás sediou uma reunião para debater o assunto e convocou os/as jornalistas da ABC para participarem.
Entenda o caso
O governador Ronaldo Caiado (UB) confirmou a mudança da ABC para o Centro Cultural Oscar Niemeyer no dia 28 de março de 2023. Desde então surgiram críticas do setor cultural e análises dentro do governo sobre possíveis entraves técnicos. Os servidores da ABC se posicionaram contrários à mudança e citam reformas recentes no prédio atual com despesa para instalação de novos estúdios.
Sobre a ABC
A Agência Brasil Central (ABC) é uma Entidade da Administração Indireta do Poder Executivo do Estado de Goiás, denominação que a Lei nº 18.746, de 29 de dezembro de 2014, em seu art. 13, conferiu à então Agência Goiana de Comunicação, criada pelo art. 6º, inciso II, da Lei nº 13.550, de 11 de novembro de 1999.
É uma entidade autárquica estadual, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, jurisdicionada à Secretaria de Estado de Comunicação, nos termos do inciso V do art. 44 da Lei nº 20.491, de 25 de junho de 2019. É responsável por atender o cidadão com suas atividades de comunicação, por meio das concessões de Rádios e TV do Governo Estadual.
Mais informações sobre a história da ABC, clique aqui.
Sobre o Centro Cultural Oscar Niemeyer
De acordo com o site Goiás Turismo, o Centro Cultural Oscar Niemeyer, chamado carinhosamente pelos goianos de ‘Nie’ e também conhecido pela sigla C-C-O-N, é um complexo de espaços culturais com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, inaugurado em 30 de março de 2006. Ele fica na Avenida Deputado Jamel Cecílio, Quadra Gleba, Lote 01, nº 4 490, Setor Fazenda Gameleira, na região Sudoeste de Goiânia. No mesmo site é possível encontrar informações sobre toda a área construída e finalidade de cada espaço.
Sindicato repudia a ação de membros da GCM de Goiânia
Nota de repúdio
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás vem, publicamente, repudiar a ação de membros da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), que na manhã desta sexta-feira, 31 de março, intimidaram o jornalista Rosenwal Ferreira, ao serem questionados, em via pública, sobre o uso de várias viaturas para assegurar a ação de fiscais que autuavam um simples trabalhador que busca ganhar a vida vendendo pastel.
Notadamente, o trabalhador não oferecia perigo algum, mas durante a ação fiscalizatória se viu cercado por viaturas e policiais fortemente armados. Ao se deparar com a situação, o jornalista buscou informar-se e, sem objetivo de ofensa, questionou a força empregada. Por isso, foi intimidado com ameaças veladas, como a afirmação de que sabiam onde ele morava.
O uso excessivo da força por parte da GCM já foi criticado em outras ocasiões, como quando da atuação dos guardas municipais contra foliões do carnaval de rua de Goiânia e contra estudantes que comemoravam a aprovação no vestibular, em parque da cidade.
A GCM tem como importante missão a vigilância do patrimônio público municipal, como as escolas que rotineiramente são vítimas de furtos e roubos de equipamentos. A desproteção certamente tem trazido graves prejuízos à comunidade goianiense e aos cofres municipais.
A GCM tem sua existência assegurada para proteger o patrimônio e ajudar a defender a população. Não pode nem deve constranger qualquer cidadão que questione sua atuação.
Ressaltamos, por fim, a responsabilidade do prefeito de Goiânia, senhor Rogério Cruz, que deve atuar para recolocar a GCM em sua função original e fazê-la prestar um serviço à altura dos desafios da cidade.
A Diretoria
Convocação: Assembleia Geral Ordinária para Campanha Salarial
O Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais e estatutárias resolve, de acordo com o artigo 21º do Estatuto social (a assembleia geral – ordinária ou extraordinária – será convocada por edital publicado em jornal de grande circulação e por outros meios de comunicação do próprio Sindicato, com antecedência de 15 dias, salvo em caso de reconhecida urgência e no interesse exclusivo da categoria, quando então a sessão extraordinária poderá ser convocada com prazo mínimo de 48 horas) convocar Assembleia Geral Ordinária da categoria no dia 29 de março de 2023, às 19h00 (dezenove horas), em primeira convocação, ou às 19h30 (dezenove horas e trinta minutos) em segunda convocação, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia:
- Discussão e aprovação de proposta a ser encaminhada às empresas contendo Proposta de Reposição Salarial 22/23.
Local da Assembleia: Auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, à Av. Anhanguera, nº 5389, Ed. Anhanguera, Sala 1306, Centro, nesta capital, e ainda em formato remoto por endereço a ser divulgado 48 horas antes da assembleia.
Goiânia, 16 de março de 2023.
Cláudio Curado Neto (Presidente)
Jornalistas goianos esperam conquistar reajuste acima do INPC
Categoria respondeu à pesquisa online indicando suas expectativas para a negociação salarial desde ano
Uma pesquisa inédita feita pelo Sindicato dos Jornalistas de Goiás junto à categoria apontou as principais reivindicações dos jornalistas goianos para a negociação salarial deste ano.
A grande maioria dos respondentes defende uma forte mobilização até maio, mês da data-base, para que os salários sejam reajustados com índice acima do INPC. Isso quer dizer que a categoria espera conquistar a reposição da inflação do período e também uma reposição das perdas salariais ocorridas nos últimos anos.
A recomposição dos salários é a principal reivindicação, mas não a única. Os jornalistas goianos também disseram ser uma necessidade urgente a oferta por parte dos empregadores de plano de saúde e seguro. Na convenção coletiva e nos acordos coletivos em vigor, existe a obrigatoriedade dos empregadores contratarem seguro acidente/vida para seus trabalhadores da notícia, mas o plano de saúde ainda não é uma obrigação; algumas empresas oferecem e outras não.
Os jornalistas que participaram da pesquisa, realizada online, disseram estar prontos para a mobilização da campanha salarial, mas 89% preferem que as assembleias de discussão e deliberação das propostas de convenção/acordos sejam realizadas virtualmente. Do mesmo modo, a ampla maioria (93%) acha que as ações de mobilização devem ser por meio das redes sociais.
A pesquisa do Sindicato dos Jornalistas foi respondida por 102 jornalistas. Os respondentes declaram-se majoritariamente brancos (60%) e com curso superior (100%). A maioria (58,8%) ganha acima do piso salarial e até R$ 5 mil. Somente 3,9% ganha acima de R$ 10 mil. Os baixos salários refletem na satisfação: 59,8% estão pouco satisfeitos com seu salário e 10,8% estão insatisfeitos. Outros 26.5% declaram-se satisfeitos e 2,94% muito satisfeitos.
Dos respondentes, 63,7% trabalha com carteira assinada, 21,6% é freelancer ou pessoa jurídica e 14,7% é funcionário público.
O Sindicato de Jornalistas já está trabalhando nas propostas de convenção/acordo coletivo para discutir com a categoria e encaminhar aos patrões. A assembleia para a discussão e aprovação das propostas deve ser convocada ainda para este mês de março.
Plano de saúde: o Sindjor Goiás quer ouvir os jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás elaborou uma pesquisa e disponibilizou o formulário para os(as) jornalistas a respeito de plano de saúde. O objetivo da ação é celebrar parceria com operadora de plano de saúde e oferecer benefícios para os(as) filiados(as). O formulário da pesquisa estará disponível no período de 8 a 19 de março de 2023.
A diretoria do Sindjor está empenhada em fechar negociação com operadora de plano de saúde para jornalistas filiados(as), com benefícios especiais.
De acordo com o presidente Cláudio Curado, já existem alguns valores cotados e esse desejo de celebrar essa parceria é antigo. “Desde 2022 estamos realizando reuniões e buscando propostas. Recebemos algumas, porém entendemos que precisam ser melhoradas. Por isso a pesquisa foi elaborada para que possamos ouvir os jornalistas e entender a realidade de cada um. Logo, é necessário que todos os interessados, filiados ou não, respondam ao questionário”.
Curado explica que entender a realidade do(a) jornalista com relação a plano de saúde vai facilitar a negociação para obtenção de uma proposta melhor.
A pesquisa é destinada a jornalistas, filiados(as) ou não, que trabalham em todos os regimes (CLT, servidor público, MEI, CNPJ, etc). “Nós entendemos que caso o(a) jornalista ainda não seja filiado(a) e queira realizar a sua filiação para poder ter direito a esse e outros benefícios, poderá fazê-lo. Por isso é tão importante o preenchimento”, conclui.
Clique aqui e responda à pesquisa!
Filie-se!
A filiação ao Sindjor Goiás fortalece a categoria. Basta chamar no WhatsApp (62) 99976-8289 para mais informações sobre filiação e meios de pagamento. Atualmente, dividimos a anuidade em até 12X no cartão de crédito. Atualmente, dividimos a anuidade em até 12X de R$ 28,36 no cartão de crédito, ou R$ 330,00 à vista no PIX (com base o Piso 2022). A partir de maio de 2023, este valor poderá sofrer alterações.
Oportunidade: progressão funcional do servidor público
A progressão funcional do servidor público é uma mudança na carreira dada por meio de uma espécie de promoção – muito semelhante ao que ocorre no setor privado. Portanto, trata-se de uma oportunidade de alcançar melhores posições e, consequentemente, ter salários maiores e outros benefícios. As progressões pode ser: horizontal ou vertical.
Jornalistas profissionais, filiados/as, que sejam servidores públicos e que tenham atingido os requisitos básicos nos planos de cargos e carreiras, mas não tiveram a progressão funcional concedida, podem procurar o sindicato, que irá orientar a respeito para que as medidas necessárias possam ser tomadas.

A advogada, Arlete Mesquita, OAB/GO 13.680, explica que as regras de promoção e progressão funcional são definidas pelas leis dos planos de carreiras das categorias, o que inclui, em geral, tempo de serviço, merecimento e avaliações de desempenho ou realização de cursos de atualização e/ ou aperfeiçoamento.
Conforme a advogada, resumidamente, é uma elevação de cargo dentro da carreira: o servidor passa de um padrão de vencimento para outro, de acordo com os critérios estabelecidos pelo plano de cargos e salários do setor no qual está lotado.
“As progressões, no entanto, podem ocorrer de forma horizontal ou vertical: quando há aumento salarial sem que incorra na mudança de nível hierárquico (horizontal); ou quando há aumento de salários em razão do deslocamento de um cargo para outro, dentro da mesma classe (vertical).”, conclui.
Jornalista, filie-se e fortaleça a categoria!
Notícias FENAJ
Brasil registra uma agressão a jornalista por dia em 2022
Apesar da queda no total de casos, Relatório da FENAJ aponta aumento dos ataques diretos aos profissionais da notícia, como hostilizações e agressões físicas
O ano de 2022 foi marcado, no Brasil, pelas eleições gerais e pela violência política, que atingiu autoridades, políticos, militantes dos movimentos sindical e social e pessoas que, em comum, tinham o fato de serem defensores da democracia e das instituições democráticas. Os jornalistas brasileiros foram, igualmente, vítimas do ódio político, mas tiveram de continuar enfrentando também a violência dirigida à categoria em razão do exercício profissional.
Assim, o número de agressões a jornalistas e a veículos de comunicação manteve-se em níveis elevados, apesar da queda registrada em comparação com o ano anterior. Foram 376 casos, 54 casos a menos que os 430 registrados em 2021, ano recorde, desde o início da série histórica dos levantamentos feitos pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Apesar da queda de 12,53% em relação ao ano anterior, o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022 traz uma constatação: as agressões diretas a jornalistas tiveram crescimento em todas as regiões do país, com jornalistas sendo atacados cotidianamente. “Houve uma agressão por dia a jornalista no país no ano passado”, afirma a presidenta da FENAJ, Samira de Castro, destacando que, em muitos casos, mais de um profissional foi agredido.
Houve crescimento de 133,33% nas ocorrências de Ameaças/hostilizações/intimidações, que foi a segunda categoria com maior número de ocorrências em 2022, com 77 casos. Já as Agressões físicas aumentaram 88,46%, passando de 26 para 49 no ano passado. Cabe destacar, ainda, o brutal assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, numa emboscada, junto com o indigenista Bruno Pereira, em Atalaia do Norte (AM).
Os números completos do levantamento da FENAJ serão divulgados na próxima quarta-feira (25/01), a partir das 15h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Em seguida, haverá entrevista coletiva.
Serviço
Lançamento do Relatório da Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil – 2022.
Quando? Quarta-feira, 25/01, às 15 horas
Onde? Sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro – Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar – Cinelândia
Transmissão: Canal da FENAJ no YouTube e Facebook, e retransmissão pelas páginas dos Sindicatos de Jornalistas filiados
Mais informações sobre participação na coletiva de imprensa:
E-mails: sindicato-rio@jornalistas.org.br e fenaj@fenaj.org.br
Telefone – (21) 99806.3730
WhatsApp – (21) 99278.2137
Texto: Fenaj
Carta aberta às/aos jornalistas e ao povo brasileiro
Eleger Lula para resgatar a democracia e os direitos da classe trabalhadora
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação da categoria no país, dirige-se novamente às/aos jornalistas e à sociedade, conclamando cada uma e cada um a abraçar em definitivo a justiça social, a soberania nacional, os direitos da classe trabalhadora, as liberdades de expressão e de imprensa e a democracia.
Em 76 anos de atuação, nunca nos furtamos de desempenhar nosso papel para além da representação classista. Na ditadura civil-militar, enquanto organizações de classe e empresas jornalísticas capitulavam à lógica autoritária, nos empenhamos em libertar e garantir a vida de jornalistas e de cidadãos brasileiros.
Assim como fomos uma das primeiras entidades de classe a denunciar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, dois anos depois, já anunciávamos que o ovo da serpente neofascista era chocado entre nós.
Sempre questionamos o governo Bolsonaro e tudo o que ele representa: autoritarismo, necropolítica, fisiologismo, corrupção, relações umbilicais com milícias, ultraliberalismo econômico e desmonte de políticas de justiça social. Os nossos valores sempre foram opostos.
Chegamos em 2022 com 33 milhões de pessoas sem comida em casa e com a vergonhosa volta do país ao Mapa da Fome. O Brasil ficou com o posto de terceira nação em número de mortos pela pandemia de covid-19.
Nos últimos quatro anos, políticas públicas e sistemas de monitoramento foram interrompidos, orçamentos reduzidos, espaços de participação popular inviabilizados ou eliminados. Hoje temos menos transparência e cada vez menos confiança no governo.
Houve incentivo à liberação de armas e à militarização de espaços civis. Consequentemente, a violência cresceu, especialmente contra meninas e mulheres, jovens negros, quilombolas, povos originários e população LGBTQIA+.
Os sucessivos ataques do governo federal aos direitos humanos e a instituições, como o judiciário (incluindo o STF) e a imprensa, compõem o cenário de regressão às liberdades de expressão e de imprensa. O presidente segue disseminando informações fraudulentas, limitando e bloqueando o acesso a dados oficiais e violando a Lei de Acesso à Informação.
Nesse cenário, destacamos os ataques diretos aos jornalistas e a veículos de mídia, com a constante tentativa de descredibilização da imprensa. Desde 2019, os jornalistas são agredidos principalmente pelo chefe de Estado no Brasil. Os números de nosso Relatório anual deixam clara esta situação: passamos de 135 agressões, em 2018, para 430 em 2021!
Com Bolsonaro no governo, há três vezes mais agressões a jornalistas do que havia antes. É mais do que uma por dia! Desde que chegou à Presidência, ele é o principal agressor: em 2021, Bolsonaro realizou 147 agressões a jornalistas, 34% do total nacional. Adicionando as pessoas do seu entorno, incluindo seus filhos, gestores públicos federais e seus apoiadores, o bolsonarismo responde por 70% dos casos de violência registrados contra a categoria no ano passado.
Soma-se à institucionalização da violência contra a categoria os ataques aos direitos conquistados, por meio das Medidas Provisórias 905/2019 (que propunha acabar com o registro profissional) e 1045/2021 (que buscava flexibilizar nossa jornada especial de trabalho) – ambas derrotadas pela mobilização da FENAJ de seus 31 Sindicatos filiados.
Não podemos esquecer o desmonte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por meio do aparelhamento do atual governo federal, da censura e da perseguição a dirigentes sindicais.
Precisamos dar um basta a este governo que opera por meio do ódio e da mentira. E é por isso que defendemos, neste segundo turno das eleições presidenciais, o voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a única candidatura que tem compromisso com os direitos e as conquistas civilizatórias.
A esperança vai vencer o medo, a violência e o ódio.
O Jornalismo vai vencer a desinformação e a mentira.
A democracia vai vencer o autoritarismo.
Brasília, 14 de outubro de 2022
- Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas – Sindjornal
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amapá
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas – SJPAM
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia – Sinjorba
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará – Sindjorce
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal – SJPDF
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados – Sinjorgran
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Espírito Santo – SindijorES
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Juiz de Fora – SJPJF
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Mato Grosso
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Mato Grosso do Sul
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro – SJPMRJ
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Paraíba – SindjorPB
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná – Sindijor Norte PR
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Pará – Sinjorpa
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná – SindijorPR
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Pernambuco – Sinjope
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte – Sindjorn
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Rondônia
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima – Sinjoper
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina – SJSC
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – SJSP
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Sergipe – SindijorSE
- Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Tocantins – Sindjorto
Participe da pesquisa global que investiga ataques contra jornalistas
O Global Reporting Centre (University of British Columbia, Canadá), em parceria com o Comitê para Proteção de Jornalistas, está fazendo uma pesquisa global para investigar ataques que têm como objetivo afetar a reputação de jornalistas no mundo.
A pesquisa, intitulada “Atacando o Mensageiro: Ataques de Credibilidade contra Jornalistas”, busca entender como jornalistas vivenciam e respondem a ataques à sua credibilidade, como ataques através de alegações falsas ou ofensivas sobre sua conduta, gênero ou etnia.
Aqui segue o link para acessar e responder a pesquisa.
A pesquisa levará cerca de 15-20 minutos para ser concluída e está disponível em inglês, francês, hindi, português (brasileiro) ou espanhol. Todas as respostas à pesquisa permanecerão anônimas. Os resultados serão usados em publicações acadêmicas e relatórios públicos, que incluirão recomendações para jornalistas e defensores da liberdade de imprensa.
Mais detalhes sobre a pesquisa estão no link da pesquisa ou nesta página do Global Reporting Center.
FENAJ lança campanha pela taxação de grandes plataformas digitais
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lançou uma campanha na qual defende a taxação das grandes plataformas digitais e a criação do Fundo Nacional de Apoio e Fomento ao Jornalismo (Funajor). O objetivo é fortalecer a profissão por meio da implementação de formas de financiamento público para a produção jornalística. A ação conta com o apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (IFJ) e da Fundação Friedrich Ebert (FES).
Com o mote “Jornalismo sim. Taxação já!”, a campanha está dividida em três etapas. A primeira, que exalta a importância do jornalismo, foi lançada em dezembro do ano passado. São peças para redes sociais digitais dirigidas à sociedade brasileira, destacando os princípios do jornalismo, como serviço essencial, fiscalização, investigação e defesa da cidadania e da democracia.
Na segunda fase, lançada em janeiro deste ano, as peças tratam da justeza da taxação das chamadas big techs. Além do enorme faturamento desses conglomerados internacionais, essas companhias drenam recursos das empresas de mídia nacionais, contribuindo para o fechamento de veículos e a demissão em massa de jornalistas. A terceira fase tem previsão para ser lançada em março e abordará o projeto do Funajor.
Especificamente, a proposta prevê a tributação de empresas como Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft, com a criação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Trata-se de um imposto especial que permite sua destinação a determinado fim, neste caso, ao Funajor. A entidade defende que a luta é justa, pois estas grandes organizações possuem receitas bilionárias que não estão sendo taxadas.
A questão já era debatida pela Federação desde o final de 2020, com a criação de um grupo de trabalho (GT), que ouviu especialistas para identificar aspectos da legislação brasileira que fundamentassem a elaboração deste projeto.
Em 2021, a FENAJ realizou dez seminários regionais sobre o tema, sendo cinco com a categoria e cinco com entidades do ramo da Comunicação, momento em que recebeu sugestões que foram incorporadas aos projetos iniciais.
Mais recentemente, a proposta foi abordada e aprovada por unanimidade no 39º Congresso Nacional dos Jornalistas, realizado em setembro do ano passado, de forma virtual.
Saiba sobre a votação nas Eleições do SindJor Goiás e da FENAJ
Nos dias 26, 27 e 28 de julho de 2022 serão realizadas as Eleições Diretas para a escolha da nova diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e do Sindicato dos Jornalistas de Goiás (SindJor Goiás). A votação será totalmente eletrônica e on-line.
Uma única chapa vai participar tanto da eleição direta da FENAJ quanto para a do SindJor Goiás. Ou seja, houve a inscrição de apenas uma chapa em ambos os pleitos. Para a FENAJ a chapa inscrita foi a “Unidade na luta” – Em defesa do Jornalismo, dos jornalistas e da Democracia. Para o SindJor Goiás inscreveu-se a chapa “A luta continua”.
A FENAJ é a única federação sindical que faz eleições diretas para eleger sua diretoria e a Comissão Nacional de Ética. As eleições são coordenadas pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN), eleita pelo Conselho de Representantes (instância da Federação composta por um representante de cada Sindicato filiado e superior à Diretoria).
Quem pode votar
Estão aptos a votarem todos/as os/as jornalistas sindicalizados/as em dia com sua mensalidade sindical. De acordo com o Regimento Eleitoral, o(a) profissional que estiver com mensalidades em atraso deve procurar seu Sindicato para quitar o débito até o dia 22 de julho.
O/a jornalista que tiver interesse em colocar sua mensalidade em dia basta entrar em contato no WhatsApp do SindJor Goiás: (62) 8312-7330. Clique aqui e solicite agora!
Onde votar
A votação será em ambiente on-line. O/a jornalista em dia com o SindJor Goiás irá receber o link de acesso ao sistema de votação em seu e-mail previamente. Logo, o(a) jornalista deverá manter seu e-mail atualizado.
A votação para a escolha da diretoria do SindJor Goiás e da FENAJ ocorrerão através do mesmo link de acesso.
Conheça a chapa “A luta continua” que concorre à diretoria do SindJor Goiás
Diretoria Executiva
- Presidente: Cláudio Curado
- Vice-presidente: Francisco Costa
- Secretário-geral: Luiz Spada
- 1º Secretário-administrativo: Márcio Venício
- 2º Secretário-administrativo: Alexandre Alfaix
- 1º Tesoureiro: Luiz Claudio Cavalcante
- 2ª Tesoureira: Laurenice Noleto
Secretarias
- Secretaria de Sindicalização e Exercício Profissional: Cristiano Leobas
- Secretaria de Comunicação e Eventos: França Júnior
- Secretaria Formação e Integração com as Instituições de Ensino Superior: Maria José Braga
- Secretaria de Assuntos Jurídicos: Euclides Oliveira
Conselho Fiscal
Dehovan Lima
Frederico Noleto Alves
Mantovani Fernandes
Suplente
Washington Soares
Conselho de Representantes da FENAJ
Titulares
- Claudio Curado e Francisco Costa
Suplente
- Alexandre Alfaix
No mesmo período e em eleição conjunta, também serão eleitos os novos membros da Comissão de Ética do SindJor Goiás. As candidaturas, nessa situação, são individuais e seis jornalistas se inscreveram para o pleito. Serão eleitos(as) cinco titulares, pela ordem de votação, e o(a) candidato(a) menos votado(a) ficará na suplência. Abaixo os/as candidatos à Comissão de Ética:
Candidatos/as à Comissão de Ética do SindJor Goiás
- Pinheiro Sales
- Cida Dias
- Paulo Gonçalves
- Elma Dutra
- Leo Iran
- Denise Rasmussen
Conheça a chapa que concorre à diretoria da FENAJ
A chapa “Unidade na Luta – Em defesa do Jornalismo, dos Jornalistas e da Democracia” é composta por 32 membros, distribuídos entre diretoria executiva, vices-regionais e secretarias. Também integra a chapa, segundo o Estatuto da FENAJ, os três membros que vão compor o Conselho Fiscal. Já a CNE é constituída por cinco integrantes, podendo ter igual número de suplentes. Veja, abaixo, as nominatas.
Diretoria Executiva
- Presidência – Samira de Castro (CE)
- Primeira Vice-presidência – Paulo Zocchi (SP)
- Segunda Vice-presidência – Célio Martins (PR)
- Secretaria-Geral – Sérgio Murillo de Andrade (SC)
- Secretaria – Moacy Neves (BA)
- Primeira-Tesouraria – Luiz Antônio Spada (GO)
- Segunda-Tesouraria – Wilson Reis (AM)
- Primeira suplência – Virgínia Berriel (MRJ)
- Segunda suplência – Priscila Chandretti (MG/Juiz de Fora)
Vices-presidências Regionais
- Vice-presidência Norte I (Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima) – Adriana Cruz (RR)
- Vice-presidência Norte II (Amapá , Pará , Maranhão e Tocantins) – Alessandra Bacelar (TO)
- Vice-presidência Nordeste I (Piauí , Ceará , Rio Grande do Norte e Paraíba) – Franco Ferreira (PB)
- Vice-presidência Nordeste II (Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) – Fernanda Gama (BA)
- Vice-presidência Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) – Douglas Dantas (ES)
- Vice-presidência Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) – Itamar Perenha (MT)
- Vice-presidência Sul (Paraná , Santa Catarina e Rio Grande do Sul) – José Maria Nunes (RS)
Secretarias
- Secretaria de Relações Institucionais
- Secretário – Ayoub Hanna Ayoub (NP)
- Secretário-adjunto – Milton Alves Júnior (SE)
- Secretaria de Relações Internacionais
- Secretária – Maria José Braga (GO)
- Secretário-adjunto – Celso Augusto Schröder (RS)
- Secretaria de Educação, Cultura e Aperfeiçoamento Profissional
- Secretária – Valci Zuculoto (SC)
- Secretária-adjunta – Carmen Pereira (MRJ)
- Secretaria de Gênero, raça e etnia
- Secretária – Valdice Gomes (AL)
- Secretária-adjunta – Helena Saria (PA)
- Secretaria de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral
- Secretário – Rafael Mesquita (CE)
- Secretário-adjunto – Thiago Tanji (SP)
- Secretaria de Mobilização dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação
- Secretária – Márcia Quintanilha (SP)
- Secretário-adjunto – Breno Araújo (MG)
- Secretaria de Mobilização dos Jornalistas de Produção e Imagem
- Secretário – Guto Camargo (SP)
- Secretário-adjunto – Land Seixas (PB)
- Secretaria de Saúde e Segurança
- Secretário – Norian Segato (SP)
- Secretário-adjunto – Severino Júnior (PE)
Conselho Fiscal
- Adroaldo Corrêa (RS)
- Edmilson Brito (SE)
- Luiz Carlos de Oliveira (PI)
No mesmo período e em eleição conjunta, também serão eleitos os novos membros da Comissão Nacional de Ética (CNE). As candidaturas, nesse caso, são individuais e seis jornalistas se inscreveram para o pleito. Serão eleitos(as) cinco titulares, pela ordem de votação, e o(a) candidato(a) menos votado(a) ficará na suplência. Abaixo os/as candidatos à Comissão Nacional de Ética:
- Antônio Paulo (AM)
- Beth Costa (RJ)
- Franklin Valverde (SP)
- Osnaldo Moraes (PE)
- Suzana Tatagiba (ES)
- Vera Daisy (RS)
FENAJ e objETHOS lançam dossiê no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
A publicação será apresentada em live na terça-feira (3) e relaciona violência contra jornalistas e precarização da profissão à degradação de direitos
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) lançam na próxima terça-feira, 3 de maio, o dossiê “Ataques ao Jornalismo e ao Seu Direito à Informação”, uma publicação que aprofunda o debate sobre a violência contra o jornalismo no Brasil e seus impactos nos direitos da sociedade, como o direito à informação. Para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e apresentar o dossiê, uma live no YouTube reúne a presidenta da Federação, Maria José Braga, e um dos coordenadores do grupo de pesquisa, Rogério Christofoletti. A live começa às 19h30 com transmissão simultânea por canais dos Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil no Facebook.
Produzido ao longo de três meses e dividido em quatro capítulos, o dossiê parte dos dados apresentados no “Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2021”, elaborado anualmente pela FENAJ desde 1998, e analisa aspectos que envolvem o ambiente hostil para a atividade jornalística no país. “O monitoramento dos ataques é fundamental para documentar a escalada da violência, mas apontamos também no dossiê como a precarização do trabalho e a perseguição aos jornalistas afetam as vidas das pessoas comuns”, afirma Christofoletti. A presidenta da FENAJ explica que o lançamento da publicação no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma maneira de contribuir para o debate público e de ajudar a consolidar direitos no Brasil. Afinal, ataques ao jornalismo também ajudam a corroer a democracia e as conquistas civilizatórias acumuladas há décadas.
O dossiê
Com 41 páginas e em formato eletrônico para download, a publicação oferece análise, interpretação de cenários e recomendações práticas para o combate à violência contra os jornalistas.
Na primeira seção, assinada pelo professor Alisson Coelho, os números ganham rostos e nomes, com as histórias por trás dos casos que vão de campanhas difamatórias nas mídias sociais, como ocorreu com o repórter independente, Ed Wilson Araújo, a ameaças e intimidações diretas, como aconteceu com o editor-executivo de The Intercept Brasil, Leandro Demori.
Em seguida, a pesquisadora Janara Nicoletti traça uma relação nem sempre aparente entre a precarização do trabalho dos jornalistas e a violência que afeta esses profissionais. Por meio de relatos dramáticos e no diálogo com outros estudos, Janara mostra como as ameaças não vêm apenas de fora do campo profissional, mas muitas vezes estão no próprio local de trabalho, na forma de sobrecarga, assédios ou de atraso no pagamento de salários, como o que vem ocorrendo no Diário de Pernambuco desde 2019.
Discutir como os atentados à liberdade de imprensa, por meio de ataques a jornalistas, e a violação de Direitos Humanos, especialmente do Direito à Informação, é o foco da terceira seção do dossiê, assinada pelo pesquisador Rogério Christofoletti. Mais que problema de uma categoria profissional específica, a situação deveria preocupar a todos os cidadãos. Por meio de entrevistas com especialistas de instituições independentes que acompanham os riscos à liberdade de expressão e de imprensa em diversos países, como a Artigo 19 e a Repórteres Sem Fronteiras, o contexto brasileiro é analisado de forma aprofundada.
De autoria do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de Jornalismo (SBPJOR), Samuel Pantoja Lima, a quarta seção encerra o dossiê levando a questão da violência contra jornalistas e as ameaças à liberdade de imprensa a representantes de diversos setores da sociedade. Em destaque, o resgate sobre o Projeto de Lei 191/15 do deputado federal Vicentinho (PT/SP), que tem a proposta de federalizar os crimes contra a atividade jornalística. Ao final, o também coordenador do objETHOS enumera um conjunto de recomendações práticas para mitigar a violência contra jornalistas no Brasil.
Serviço:
O quê? Lançamento do dossiê FENAJ-objETHOS “Ataques ao Jornalismo e ao Seu Direito à Informação”
Quando? Terça-feira, 3 de maio, às 19h30
Onde? Canal da FENAJ no YouTube (tiny.cc/fenaj)
Fonte: objEthos / Fenaj
Notícias ARTIGOS
Dia do Trabalho: a luta pela valorização continua
Hoje a pauta é mais do que especial: Dia do Trabalho. É uma data importante para reconhecermos e valorizarmos cada vez mais a relevância do trabalho de cada ser humano. É através da mão de obra de cada um que a economia gira, que a sociedade evolui e que a ajuda mútua tem o seu valor.
Há vários tipos de trabalho e todos nós dependemos do que o outro tem a oferecer. Também, é por meio do trabalho que o sustento de uma família é possível. Infelizmente, atualmente, temos um cenário triste em nosso País em que muitos trabalhadores/as estão sem emprego e muitos passando até fome. A pandemia veio e mexeu com todas as estruturas.
A forma de trabalho foi impactada e, aqueles que estão impossibilitados de trabalharem, não estão recebendo a ajuda mínima e necessária do Governo Federal para o seu sustento e da família. É muito triste. Além disso, é necessário lembrarmos que muitos direitos que haviam sido conquistados pelos/as trabalhadores/as foram retirados com as reformas trabalhista e previdenciária. Vivemos tempos muito difíceis, mas a luta precisa continuar. Afinal, os/as trabalhadores/as têm muito valor.
Nossos/as trabalhadores/as jornalistas
Especialmente hoje, nosso reconhecimento para os/as jornalistas, que continuam firmes, trabalhando para levar informação de qualidade e com credibilidade para toda a população. Independente de estarem nas redações dos veículos de comunicação ou nas assessorias de comunicação e imprensa, o trabalho dos/as jornalistas faz diferença.
Atualmente, muitos/as jornalistas estão na linha de frente para buscar informações e, mesmo assim, não foram reconhecidos/as pelo Governo, como trabalhadores/as que necessitam de prioridade para vacinação. Nossa realidade é contraditória e ainda há desvalorização do trabalho de muitos/as profissionais. Mas, isso não tira e jamais tirará a importância e o valor de cada trabalhador/a. A força de um país está na força de cada trabalhador/a que procura fazer o seu melhor a cada dia. Parabéns, trabalhadores/as! Sigamos firmes, na luta!
Traz a Olivetti aí pro jornalista tuitar
Quando vislumbrei a possibilidade de me tornar jornalista, lá pelos idos de mil novecentos e bolinha, a imagem do profissional que vinha na minha mente era de um sujeito de barba por fazer, com um cigarro aceso dependurado no canto da boca, uma máquina de escrever Olivetti de teclas bem pesadas pela frente e um olhar esbugalhado, procurando o melhor lead pra impactar seus leitores. A notícia iria circular somente no dia seguinte, em um jornal impresso, formato standard, dobrado no meio em uma banca de revistas ou com dobras suficientes para torná-lo quase um canudo nas mãos hábeis de um jornaleiro, que o arremessaria sobre a grade de um assinante ou, ainda, o balançaria vigorosamente em um semáforo fechado, esgoelando: Extra! Extra!
Tenho a impressão que essas cenas dinossáuricas sequer passam pela cabeça dos atuais estudantes de jornalismo ou dos coleguinhas mais jovens. As novas tecnologias mudaram todo o processo, a começar pelo imediatismo da notícia. Já não se concebe mais a redação de uma notícia para ser lida daí a 8, dez horas. O que se escreve no noticiário on-line é… on-line. É pra ser consumido na hora, senão torna-se notícia velha!
E a questão não para por aí. Muitas profissões da cadeia de produção do jornalismo de antes sequer existem mais, ou foram radicalmente modificadas. O profissional que sobreviveu em redação de jornal ou revista hoje tem de fazer o papel de diversos trabalhadores de então: repórter de rua, setorista, revisor, diagramador, componedor, redator, paginador, fotoliteiro, chapista, ilustrador, entregador… Isso quando não é forçado pela empresa a se desdobrar ainda mais e ser o fotógrafo, cinegrafista e radialista.
Mas isso não significa que o jornalismo esteja em extinção. Muito pelo contrário, as novas tecnologias trazem ferramentas que condensam muitas dessas atividades e permitem ao profissional elaborar seu produto final com a rapidez e a qualidade que o mundo pós-moderno exige.
Alguém dirá que essas mesmas tecnologias permitem que a informação já não seja mais privilégio do jornalista e que, hoje, qualquer pessoa tem acesso aos meios de divulgação, aí incluídos os blogueiros, youtubers, influencers, vlogueiros e palpiteiros. Sentenciará, também, que as redes sociais se tornaram a principal fonte noticiosa pra muita gente.
Sem dúvida, trata-se de um fenômeno comunicacional que já vem sendo estudado nas academias, de onde surgirão teses e explicações mais convincentes do que pretende este artigo. Mas daí a se dizer que as redes sociais estão substituindo o jornalismo vai um abismo – permitam-me a quase redundância – colossal.
É certo que estamos vivenciando um momento de transição, que causa confusão na cabeça de muitas pessoas, que às vezes deixam-se levar pela fofoca postada pelo vizinho, pelo site mal-intencionado ou pela fake news descarada.
Mas, em algum momento vai ressurgir o verdadeiro jornalismo e a atividade vai finalmente se sedimentar nesse novo terreno, por enquanto arenoso, pois, afinal, as pessoas ainda anseiam pelos valores intrínsecos ao jornalismo e que somente nele podem ser buscados: a confiança, a imparcialidade, a credibilidade, a checagem em fonte primária e confiável, enfim, o compromisso com os fatos e a busca pela verdade.
Alexandre Alfaix de Assis é jornalista da Diretoria de Comunicação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Graduado pela UFG, com especialização em Assessoria de Comunicação também pela UFG, é 1º secretário administrativo do Sindjor-GO.
Parabéns JORNALISTA!
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Entidades sindicais e populares de Goiás estão convidando todas as mulheres e homens que defendem a paz no lugar da guerra, do amor no lugar do ódio e da Democracia ao invés da Ditadura, a se vestirem de preto e se somarem, no próximo dia 1º de abril, segunda-feira, num ato unificado de repúdio ao Golpe Civil Militar ocorrido no Brasil na madrugada do dia 1º de abril de 1964 e que deu início aos 21 anos de trevas da Ditadura Militar no país.
Ex-presos políticos e anistiados repudiam nazifascismo e declaram apoio a Haddad
Repudiamos o nazifascismo e apoiamos Fernando Haddad
Nós, ex-presos(as) e anistiados(as) políticos(as), declaramos nosso apoio à candidatura de Fernando Haddad a presidente da República. Temos uma longa luta em defesa das liberdades democráticas. Combatemos a ditadura implantada com o golpe de Estado de 1964. E, 33 anos após o fim oficial do regime militar, continuamos empenhados no aprofundamento das conquistas democráticas do povo brasileiro.