Após semanas de negociações, o Sindicato dos Jornalistas de Goiás conseguiu mais um bom acordo salarial. Diante de uma inflação oficial de 5,32% (conforme dados do INPC), o SindJor conseguiu um aumento real de 0,50% nos salários. A partir de maio de 2025, os salários deverão ser reajustados em 5,82%. Para o piso salarial, a conquista foi ainda mais significativa, com um índice negociado de 6,41%, elevando o piso único estadual para R$ 3.300.
O Sindicato é mantido pela contribuição de seus filiados, e sua diretoria atua sem liberação sindical, ou seja, nenhum diretor é dispensado de suas atividades profissionais para atuar no sindicato, e nenhum dirigente recebe qualquer ajuda financeira. Atuam por entender que a luta sindical é necessária e que as vitórias só são conquistadas a partir de lutas coletivas.
Três anos de vitórias
Os ganhos reais desta última negociação se somam às conquistas das duas campanhas salariais anteriores. Em 2023, a inflação foi de 3,83%, e o Sindicato garantiu um aumento de 5,45% nos salários, além de aplicar o mesmo índice no piso salarial único estadual. No ano de 2024, com uma inflação de 3,23%, os salários tiveram um aumento de 4,00%, enquanto o piso alcançou um significativo aumento de 6,90%, passando de R$ 2.900 para R$ 3.100.
São três anos de vitórias nas negociações salariais, mesmo com a baixa participação da categoria nas assembleias. Para ilustrar essas conquistas, a inflação oficial acumulada nos últimos três anos foi de 12,89%, enquanto os salários aumentaram 16,05%. O piso, por sua vez, teve um aumento ainda mais expressivo, de 20%, superando a inflação do período.
Hora de fortalecer o sindicato
Diante desses números positivos, o presidente do SindJor, Cláudio Curado, faz um apelo à categoria por maior colaboração. “Hoje, o sindicato possui um número reduzido de filiados, muito aquém do total da categoria. Podemos fazer mais se mais jornalistas se filiarem”, afirma.
A adesão é simples e de baixo custo, com uma contribuição de apenas 1% do salário para jornalistas com carteira assinada e 1% do piso para aqueles que atuam como MEI. Para se filiar, basta entrar em contato pelo WhatsApp do SindJor: (62) 99976-8289. O apoio pode ser feito por desconto em folha, PIX programado ou transferência bancária. Também é possível parcelar a anuidade no cartão de crédito. Para pagamentos via PIX, o sindicato possui um único número cadastrado, que é o CNPJ 02.426.997/0001-71 .
“Precisamos fortalecer nosso sindicato para retornar uma boa assessoria jurídica e promover eventos de formação sindical e de aprimoramento profissional. Para isso, é fundamental que os jornalistas se filiem e participem das lutas sindicais”, conclui o presidente.
Para reforçar o lema de que é preciso lembrar pra não se repetir e assumindo, ainda, a tarefa de noticiar um tempo onde o Jornalismo foi totalmente censurado, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, o bloco carnavalesco ecofeminista Não é Não e o Teatro Zabriske se somam a dois cineastas goianos para divulgação de documentários produzidos por eles, falando o que foi a Ditadura Militar em Goiás e no Brasil. A apresentação será no próximo dia 27 de abril, no salão do Teatro Zabriske, a partir das 19h30, no Setor Pedro Ludovico, com rápido intervalo entre os dois filmes, para enxugarem as lágrimas e uma pipoca com guaraná.
Os cineastas goianos – Edson Nunes e Luiz Gonçalves – trabalharam os temas do Golpe Civil Militar e dos 21 anos da Ditadura Militar no Brasil e produziram dois documentários de média duração, registrando em cenas de arquivo e testemunhos de sobreviventes, o terror daqueles 21 anos onde os direitos humanos eram desrespeitados, as liberdades individuais e coletivas cerceadas, a cultura e a imprensa totalmente censuradas; e como resultado, até hoje a história do Brasil e de Goiás são mal contadas ou praticamente desconhecidas da sua própria população.
O filme do jornalista Edson Nunes – “Censura – uma história sem fim 2” – produzido com com recursos da Prefeitura de Anápolis, por meio da Lei Paulo Gustavo, mostra os impactos da Ditadura Militar na imprensa goiana, por meio do registro das impressões de jornalistas goianos que viveram esse período. O lançamento deste filme aconteceu no último dia 28, em Anápolis, com uma sala de cinema lotada. E, em Goiânia, o media-metragem foi apresentado no último dia 04 de abril, na Assembleia Legislativa do Estado.
O outro documentário – “Um homem sem rosto resiste”, também é um média-metragem, de Luiz Gonçalves, professor na Faculdade de Artes da UFG, que decidiu por trabalhar o tema da Ditadura Militar no Brasil em homenagem ao avô, o advogado Rômulo Gonçalves, que defendeu presos políticos naqueles tempos chamados também de “Anos de Chumbo “. O seu documentário foi construído com uma narrativa forte baseada em depoimentos de antigos clientes de seu avô, que contam em detalhes os tipos de tortura a que foram submetidos. Ele fez o pré-lançamento do filme no dia 06 de abril, no Sindicato dos Jornalistas de Goiás, para os seus entrevistados, dentre eles o médico Marcos Abrão , o ex-vereador João Silva Neto, o professor de Geografia e escritor Horieste Gomes, a professora de Trombas de Formoso, Dirce Machado; e os jornalistas Pinheiro Salles e Laurenice Nonô Noleto, que trouxe ao público as memórias do seu falecido marido, o jornalista Wilmar Alves, que também foi presidente do Sindjor Goiás, diretor da Federação Nacional dos Jornalistas e ficou preso por mais de dois anos
“É um momento histórico para relembramos as mazelas do passado e para reforçar a nossa luta pelo regime democrático. Esperamos todos vocês para a exibição”, fala o jornalista e cineasta Edson Nunes. Já no filme de Luiz Gonçalves, onze ex-presos políticos de Goiânia relatam crimes de lesa-humanidade cometidos pela ditadura de 64 aqui no Estado. “Combinando crueza e lirismo, este comovente documentário atesta que nem violência, nem a ação do tempo foram capazes de apagar os ideais desses ex-prisioneiros”, afirma o jornalista Cláudio Curado, presidente do Sindjor Goiás.
No próximo dia 06 de abril, domingo, em comemoração ao Dia do Jornalista celebrado no dia 07, sobreviventes goianos da Ditadura Militar reúnem-se no auditório do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, para assistirem em primeira mão, junto com familiares e jornalistas, o pré-lançamento do documentário “Um homem sem rosto resiste”, do cineasta goiano Luiz Gonçalves. No filme, classificado como de média metragem, com menos de 50 minutos de duração, nove ex-presos políticos, incluindo dois jornalistas, sendo um deles a viúva de outro jornalista goiano, contam como eles resistiram às torturas nas prisões por onde passaram, em presídios das Forças Armadas, em Goiânia e em Brasília, durante o tempo de total obscurantismo da história política goiana e brasileira.
Luiz Gonçalves, que é neto de Rômulo Gonçalves, um dos poucos advogados goianos que ousaram defender presos políticos naquela época de total falta de respeito aos Direitos Humanos, explica que resolveu fazer esse trabalho, primeiro em homenagem ao seu avô e, segundo, pelo seu “ profundo incômodo com a frágil democracia brasileira, pois desde as eleições de 2022, foi possível ver pessoas pedindo a volta dos militares ao poder, defendo até tortura; e mais recentemente, a revelação de planos antidemocráticos que pretendiam outro golpe militar no país.”
Apresentando depoimentos intercalados com imagens e fotos de arquivo, em preto e branco e som instrumental de alta qualidade, “Um homem sem rosto resiste” traz depoimentos dos ex-presos políticos goianos Abrão Marcos, médico psiquiatra; Dirce Machado, camponesa de Trombas; Horieste Gomes, historiador; Neso Natal, Geólogo; Laurenice Nonô Noleto, jornalista e viúva do jornalista Wilmar Alves, ex-presidente do Sindjor-Goiás; Pinheiro Salles, jornalista baiano radicado em Goiânia; Whashington Rabelo, Matemático; João Silva Neto, ex-vereador; e Tarzan de Castro, ex-deputado.
Nascido em 1986, Luiz Gonçalves é professor de linguagem musical e composição na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (UFG); compositor de músicas e documentários; colaborador do coletivo Música Íntima, que reúne compositores goianos engajados em produzir concertos, edições de partituras, gravações de álbuns e documentários. “Um homem sem rosto resiste” é seu segundo documentário média-metragem. Conta que recebeu muita ajuda, “primeiramente da minha esposa Giulia que esteve em todas as entrevistas, gravou som direto e dirigiu o carro para filmagens”. Depois, ainda teve a ajuda de parceiros do Música Íntima, como o Gabriel Araújo que está finalizando a masterização do áudio de todo o filme; o Ubiratan Costa que é o narrador e recita versos do poeta também goiano Hamilton Pereira; e ainda do Douglas Sá, figurante de uma cena de homem encapuzado.
Luiz Gonçalves
“Resolvi fazer esse documentário – diz o cineasta – por dois motivos: Primeiro, para homenagear meu avô Rômulo Gonçalves, advogado que libertou dezenas de presos políticos em Goiás, ao qual fiquei mais íntimo ao entrevistar pessoas a quem ele salvou a vida ou amenizou seus sofrimentos, e essas pessoas lhe são profundamente gratas e contam bonitas histórias sobre ele. Segundo, porque sinto profundo incômodo com a frágil democracia brasileira, pois desde as eleições de 2022, foi possível ver pessoas pedindo a volta dos militares ao poder, defendo até tortura; e mais recentemente, a revelação de planos antidemocráticos que pretendiam outro golpe militar no país. Dessa situação nasceu o desejo de fazer algo a respeito, de lutar com poesia e lirismo em favor da memória, para que essa história triste de opressão e violência nunca mais se repita em nosso país’.
No mesmo momento em que o Cinema brasileiro é aplaudido em todo o mundo, com este mesmo tema – a Ditadura Militar no Brasil – , Luiz Gonçalves, que tem apenas 38 anos e não viveu esse período de regime militar ditatorial que durou 21 anos no Brasil , diz ter se sentido muito feliz por não se sentir sozinho nessa luta e por este tema ter voltado com tamanha força. “Que ele seja mais retratado, falado, explicado, conscientizado”. E finaliza: “Tenho a sensação de que, quanto mais livros e filmes a respeito da Ditadura Militar tivermos, melhor. Só assim poderemos superar esse fantasma sombrio da história brasileira.”
O Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, Cláudio Curado, ressalta a importância de todos os setores organizados da sociedade civil reafirmarem seu compromisso com o aprofundamento da Democracia “para se garantir a existência da própria humanidade”. Segundo ele, “nenhum povo existe enquanto Nação, sem a existência dos Direitos Humanos. E só a Democracia é capaz de garantir esses direitos fundamentais à sobrevida de todos os seres viventes aqui na terra. A esperança de um mundo futuro com qualidade de vida está na união dos povos em defesa da Democracia. E essa união começa dentro de nossas próprias casas, os nossos sindicatos”. Ao final da apresentação, será servido um lanche aos presentes com a continuidade de um bate papo entre os presentes.
Sinopse do filme “Um homem sem rosto resiste”:
Ex-presos políticos relatam crimes de lesa-humanidade em Goiás cometidos pela ditadura de 64. Combinando crueza e lirismo, este comovente documentário atesta que nem violência, nem a ação do tempo foram capazes de apagar os ideais desses ex-prisioneiros.
Serviços: Pré-lançamento documentário “Um homem sem rosto resiste” Diretor, produtor e roteirista: Luiz Gonçalves Data: 06 de abril de 2025 domingo Horário: 19h00 Local: Sindicato dos Jornalistas de Goiás – Av. Anhanguera, 5389, ed. Anhanguera, 13º. Andar, sala 1310, Centro, Goiânia. Texto: Nonô Noleto – DRT 189
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás informa que estará em recesso entre os dias 24 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. Durante esse período, nossa sede estará fechada, mas seguimos à disposição para atendimentos emergenciais por meio do WhatsApp (62 99976-8289).
As atividades presenciais serão retomadas no dia 6 de janeiro de 2025, a partir das 13h.
Aproveitamos este momento para desejar a todos os(as) nossos(as) filiados(as) e parceiros um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, paz e realizações. Que o espírito de renovação desta época inspire a continuidade de nossa luta pela valorização da categoria e pelo fortalecimento do jornalismo.
Agradecemos pela confiança e parceria ao longo deste ano. Foi com o apoio de cada um de nossos(as) filiados(as) e parceiros que conseguimos enfrentar os desafios e avançar na defesa dos direitos das(os) jornalistas.
Em 2025, continuaremos juntos na construção de um futuro mais justo e na busca por melhores condições para o exercício da profissão.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás (SindJor Goiás) convida todos para um importante evento de diálogo e reflexão: uma escuta pública da comunidade palestina, que acontecerá nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro, às 9 horas, no auditório Jornalista Antônio Carlos Moura, sede do Sindicato.
A atividade faz parte da programação da 8ª Jornada Goiana de Direitos Humanos e é promovida em parceria com o Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino, a Mesquita At Taubah de Goiânia, a Ouvidoria Geral e a Defensoria Pública do Estado de Goiás.
O objetivo do encontro é criar um espaço para escutar relatos, discutir perspectivas e promover um entendimento mais profundo sobre a comunidade palestina, uma temática central no campo dos direitos humanos e da justiça social.
📍 Local: Auditório Jornalista Antônio Carlos Moura – SindJor Goiás 📅 Data: Quinta-feira, 5 de dezembro, às 9 horas 🌍 Tema: Escuta da comunidade palestina
Esta iniciativa reflete o compromisso do SindJor Goiás e de seus parceiros com a promoção dos direitos humanos e o diálogo solidário entre os povos. Sua presença será muito bem-vinda para enriquecer o debate e construir coletivamente um espaço de empatia e justiça.
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás manifesta, publicamente, seu total apoio às ações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas à tentativa de golpe militar organizada por integrantes do governo anterior. Tais ações resultaram em um robusto inquérito inicial, com mais de 800 páginas, que levou ao indiciamento de várias autoridades, incluindo o ex-presidente da República.
A divulgação de informações sobre essas investigações e os respectivos indiciamentos evidencia a força e a indispensabilidade de uma imprensa livre. O papel dos jornalistas, fundamental em qualquer democracia, é informar a população sobre os riscos enfrentados, inclusive os que ameaçaram nosso país recentemente.
Nos últimos anos, nós, jornalistas, fomos alvo de ataques sistemáticos e incessantes, promovidos pelo ex-presidente e por seus apoiadores. Fomos chamados de “jornazistas” e outros termos depreciativos, mas resistimos a essas investidas com nossa atuação ética e nosso compromisso com a verdade.
O que incomoda nossos detratores é o fato de que o trabalho jornalístico foi essencial para conscientizar a sociedade durante a pandemia, contribuindo para salvar vidas. E agora, ao revelar fatos sobre as tentativas de instaurar uma nova ditadura, a imprensa reforça sua função de proteger a democracia.
Que a justiça seja feita de forma ágil e que todos os responsáveis sejam punidos com o rigor necessário.
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