O Sindicato dos Jornalistas de Goiás (SindJor) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vem a público manifestar solidariedade aos jornalistas Esthéfany Araújo e Maico Paranhos, da TV Serra Dourada, agredidos nesta quarta-feira, 14, quando faziam uma reportagem sobre um abrigo de animais.
SindJor e FENAJ também expressam veemente repúdio às agressões sofridas pelos profissionais do Jornalismo e pedem à Polícia Civil do Estado de Goiás investigação célere e responsabilização da agressora.
A agressão foi registrada pelo repórter cinematográfico e mostram uma mulher tentando impedir o trabalho da equipe. Segundo a repórter, a reportagem retrataria a situação de um abrigo de animais, que enfrenta dificuldades e foi denunciado por maus tratos. A agressora seria a responsável pelo abrigo. Ela tentou atropelar a repórter, que está grávida, e também tentou impedir o repórter cinematográfico de continuar filmando.
SindJor e FENAJ reafirmam que a liberdade de imprensa é um pilar da democracia e que agressões a jornalistas são atentados à liberdade de imprensa e ao direito à informação dos cidadãos e cidadãs.
Goiânia, 14 de agosto de 2024.
Sindicato dos Jornalistas de Goiás Federação Nacional dos Jornalistas
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás e a Federação Nacional dos Jornalistas vem, publicamente, repudiar as atitudes intimidatórias feitas pelo vereador em Goiânia, Sargento Novandir (MDB) contra jornalistas profissionais que atuam no veículo TV Cidade Guanabara, na capital goiana.
No dia 30 de julho de 2024 o jornal O Popular publicou extensa matéria sobre supostos desvios de verbas de emendas parlamentares municipais, citando o vereador. A matéria de O Popular foi republicada pelo veículo TV Cidade Guanabara, bairro onde ele detém poder político, e teve grande repercussão local.
No dia 31 de julho passado o vereador, com alguns assessores, foi até a sede da empresa jornalística para intimidar as jornalistas Roberta Ramos, Mariana Vieira e o dono da empresa, jornalista Reginaldo Aires. Em vídeos gravados é possível vê-lo tentando intimidar jornalistas e até tentando forçando a entrar num carro para, supostamente, serem levadas a uma delegacia.
Cobramos publicamente do presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, um posicionamento sobre essas atitudes truculentas e intimidatórias que não coadunam com a trajetória do partido e nem com a postura sempre democrática do presidente estadual do partido. É inaceitável que ações assim ainda sejam vistas numa democracia no século 21. Esperamos que o governador Ronaldo Caiado garanta a integridade física e a vida destes profissionais diante de uma possível escalada de agressões por parte do parlamentar e seus supostos assessores.
A jornalista e escritora Laurenice Alves Noleto, carinhosamente conhecida como Nonô Noleto, está oferecendo alguns exemplares do livro “60 Anos do Golpe: Gerações em Luta” para venda e retirada no Sindicato dos Jornalistas de Goiás, que apoia a iniciativa. Este livro, lançado em todo o Brasil no dia 1º de abril, traz relatos e reflexões sobre um período crucial da nossa história: os anos de ditadura militar. Nonô Noleto e Pinheiro Salles são as vozes e os representantes de Goiás no livro, juntamente com mais 58 vozes espalhadas pelo Brasil que contribuíram com artigos.
Detalhes do livro:
Título: 60 Anos do Golpe: Gerações em Luta
Autores: Mais de 60 brasileiros que viveram e sobreviveram à ditadura
Conteúdo: Textos que abordam memórias pessoais, históricas e a conjuntura atual
Páginas: 334 páginas repletas de conhecimento e reflexões
Local de retirada:
Local: Sindicato dos Jornalistas de Goiás
Endereço: Avenida Anhanguera, nº 5389, 13º andar, sala 1309, Edifício Anhanguera, Setor Central, Goiânia – GO
Horário: Das 13h30 às 17h30 (período da tarde)
Como adquirir:
O livro custa R$ 84,00 (valor de lançamento).
O pagamento deverá ser antecipado ou na retirada via chave PIX para o e-mail nononoleto@gmail.com, em nome de Laurenice Noleto Alves, com envio do comprovante para o mesmo e-mail com cópia para o jornalistasgo@jornalistasgo.org.br.
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás promoveu um forte e grande ato político, na noite do dia 1º de abril, para o lançamento, em Goiânia, do livro coletivo nacional “60 anos do Golpe – Gerações em Luta”, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás – Adufg. O livro contém uma coletânea de 60 artigos escritos por 60 autores de várias partes do País – em sua quase totalidade sobreviventes dos porões da Ditadura Militar que foi iniciada com um Golpe civil-empresarial-militar, há 60 anos, e que durou mais 21 anos. De Goiás são coautores da obra dois jornalistas – Laurenice Noleto Alves – a Nonô Noleto – e Antônio Pinheiro Salles.
Idealizado e produzido pelo advogado e ex-preso político Francisco Celso (Xico) Calmon, do Espírito Santo, o livro coletivo traz memórias, análises de conjuntura e até poemas, sempre em resposta a uma pergunta-mote do organizador da obra: “Onde você estava em 64 e onde você está hoje?”
Antes dos escritores fazerem suas falas, com o auditório praticamente lotado e os livros com a venda já totalmente esgotada, o local do evento foi tomado pelos sons fortes de tambores do grupo de percussão Coró de Pau e Coró Mulher e com cantorias de um grupo de mulheres do Bloco Não é Não, carregando pequenos xales vermelhos com a inscrição “Golpe nunca mais!” A plateia, composta com representações importantes dos movimentos educacionais, culturais, sociais e políticos de Goiânia também se manifestou se forma empolgante.
As falas no evento, foram ainda precedidas pelo coral “Harmonia e Saúde” formado por servidores da Secretaria de Saúde do Estado. A jornalista e cineasta Cláudia Nunes fez o cerimonial do lançamento e o jornalista Francisco Costa, vice-presidente exercendo interinamente a Presidência do Sindjor Goiás fez a abertura do evento falando da sua importância nesse momento histórico que vivemos.
Nonô Noleto concentrou sua fala mais na explicação do livro como um projeto que se propõe como instrumento para novos debates visando ajudar a promover a organização dos trabalhadores e trabalhadoras no campo da esquerda, para se manter permanente vigilância e total rejeição a qualquer tentativa de Golpe e, também do fortalecimento da democracia no Brasil e no mundo. Nonô declamou ainda uma poesia – “Flores no Quintal” -, escrita pelo seu falecido marido, também jornalista e ex- preso político Wilmar Alves, escrita dentro do presídio do Cepaigo, em 1975. Depois, entregou ao amigo e companheiro de lutas dela e do marido, Pinheiro Salles, um ramalhete de flores vermelhas, colhidas no “Jardim do Wilmar”, em sua própria casa e plantado por amigos, companheiros e companheiras, após o seu falecimento.
Pinheiro Salles viveu nove anos nos cárceres da Ditadura, sofrendo as mais terríveis torturas que um ser humano pode suportar. Em seu artigo no livro, ele escreve e fala ao público presente, com uma força de expressão que emociona: “Com sequelas irreversíveis e as debilidades causadas pelos nove anos de cárcere, além da idade avançada, reconheço que já está curto o meu tempo de vida. Tenho muito mais passado que futuro. Então não vou desperdiçar o que resta da minha existência. E não deixarei de contribuir para a tão necessária transformação política, econômica e social do mundo em que vivemos. Tenho a sólida convicção de um que um novo mundo é possível. Confio na classe trabalhadora. Eu acredito na humanidade”.
Goiânia será um dos palcos de um evento significativo na história literária e política do Brasil, marcando o lançamento nacional do livro “60 anos do golpe, gerações em luta”. Na capital goiana este evento ocorrerá no dia 1º de abril, às 20 horas, no Auditório da Adufg, reunindo diversas vozes e perspectivas sobre um período marcante da história brasileira. Simultaneamente, o livro será lançado na mesma data no Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Curitiba e no Rio Grande do Sul. O lançamento em Goiânia tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás.
A obra é uma coletânea de textos de 60 autores que sobreviveram à ditadura militar que governou o Brasil por 21 anos, deixando um legado doloroso de mais de 600 mortos e desaparecidos. Em Goiás, o livro contou com a contribuição da jornalista Laurenice Noleto Alves – a Nonô Noleto e do jornalista Pinheiro Salles. Com 334 páginas, o livro apresenta uma variedade de artigos escritos por ex-combatentes do golpe e da ditadura, ex-coordenadores da Comissão Nacional da Verdade, membros do MG68, intelectuais, acadêmicos e representantes de diversas camadas sociais.
Em sua participação no livro, Nonô explica que sofreu demais no período da ditadura, juntamente com outras mulheres goianas. “No período das trevas, que foi a ditadura, perdemos parte das nossas vidas nas portas das prisões onde estavam nossos filhos, maridos, companheiros. E por isso mesmo, nunca parei de lutar pela preservação e aprofundamento da democracia; e pelo empoderamento e conscientização política das mulheres. Lembrar do passado e deixar visíveis as semelhanças com o presente é uma forma de dizer não ainda hoje, às tentativas de novos golpes contra a nossa Democracia”, afirma.
O jornalista Pinheiro Salles reforça relata no livro como os defensores da democracia e do socialismo eram arrastados para os porões. E reforça que tudo o que se disser ainda será insuficiente. “Com sequelas irreversíveis e as debilidades causadas pelos nove anos de cárcere, além da idade avançada, reconheço que já está curto o meu tempo de vida. Tenho muito mais passado que futuro. Então, não vou desperdiçar o que resta da minha existência. E não deixarei de contribuir para a tão necessária transformação política, econômica e social do mundo em que vivemos. Tenho a sólida convicção de que esse mundo é possível. Confio na classe trabalhadora. Eu acredito na humanidade”, afirma.
Francisco Celso Calmon, advogado, ativista e ex-preso político, é a mente por trás desta iniciativa. Ele propõe uma reflexão sobre o passado e o presente do Brasil com a pergunta: “Onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024?”. Esta questão norteia o conteúdo do livro, que conta com contribuições de brasileiros que vivenciaram essa época sombria.
Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, endossa a obra na contracapa, destacando a excelência literária e política dos textos que compõem o livro. Ele ressalta a importância da luta contínua pela democracia que une todos os artigos.
O projeto do livro foi idealizado por Calmon em outubro de 2023 e rapidamente ganhou apoio de diversas organizações como o Canal Pororoca e grupos como Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça e Geração 68 Sempre na Luta. O livro não apenas reflete sobre o golpe contra a democracia ocorrido há seis décadas, mas também questiona o estado atual da democracia no Brasil.
O livro será comercializado por R$ 84,00 na noite de lançamento e, após, a R$ 90,00. A versão digital (em PDF) será disponibilizada gratuitamente em data a ser definida.
A solenidade em Goiânia contará com a apresentação do grupo de Percussão Coró de Pau e do Coral Harmonia em Saúde, integrado por servidores da Gerência de Pesquisa e Inovação da Secretaria da Saúde.
O auditório da Adufg fica na 9ª avenida, nº 193, Setor Leste Vila Nova, Goiânia-GO.
O Fórum Goiano de Mulheres e as Mulheres do Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania mobilizam movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos da mulher para mais uma edição do 8 de Março (Dia Internacional da Mulher) em Goiânia. Com o tema COM DIREITOS, VIVAS E LIVRES, a manifestação pretende fortalecer a solidariedade entre as mulheres do campo e da cidade, chamar a atenção da sociedade para os crescentes índices de violência contra a mulher em Goiás e a necessidade de implementação de políticas públicas permanentes e eficazes de prevenção e combate.
Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública, aumentaram os casos de violência doméstica: de 39.115 em 2022 para 44.187, no ano passado (2023). Os crimes mais praticados são: ameaça, lesão corporal e injúria. Esse aumento também foi registrado pela última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os feminicídios cresceram 6,1% em 2022, resultando em 1.437 mulheres mortas simplesmente por serem mulheres no Brasil.
Entretanto, a manifestação desta sexta-feira não irá apenas protestar contra os números da violência. Também serão celebradas as conquistas das mulheres ao longo da história e feitas homenagens às líderes e ativistas que lutaram pelos direitos sociais, econômicos, trabalhistas e reprodutivos das mulheres.
Mulheres do campo também virão de seus assentamentos e acampamentos da reforma agrária para reivindicar políticas públicas para a Agricultura Familiar ao mesmo tempo em que serão pedidas políticas para as mulheres da classe trabalhadora, que garantam o direito à moradia digna, ao transporte público, saneamento e água potável para todas as famílias.
A concentração começa às 16 horas na Praça da Catedral Metropolitana de Goiânia, no centro da cidade, onde também serão realizadas performances artísticas e culturais. Em seguida, as mulheres seguirão em marcha pelas ruas de Goiânia até a sede da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), na rua 24, no centro de Goiânia, para marcar a demora e o descaso na implementação do funcionamento da delegacia. Uma comissão de mulheres também entregarão, no Palácio das Esmeraldas, um documento contendo as principais reivindicações e propostas dos movimentos sociais de mulheres para o governo estadual
Números da violência
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, além dos feminicídios, também cresceram os homicídios dolosos de mulheres (1,2% em relação ao ano anterior), o que impossibilita falar apenas em melhora da notificação como causa explicativa para o aumento da violência letal. Além dos crimes contra a vida, as agressões em contexto de violência doméstica tiveram aumento de 2,9%, totalizando 245.713 casos; as ameaças cresceram 7,2%, resultando em 613.529 casos; e os acionamentos ao 190, número de emergência da Polícia Militar, chegaram a 899.485 ligações, o que significa uma média de 102 acionamentos por hora. Além disso, registros de assédio sexual cresceram 49,7% e totalizaram 6.114 casos em 2022 e importunação sexual teve crescimento de 37%, chegando ao patamar de 27.530 casos no último ano. Ou seja, estamos falando de um crescimento muito significativo e que perpassa todas as modalidades criminais, desde o assédio, até o estupro e os feminicídios em todos os estados brasileiros.
Serviço
8 DE MARÇO – COM DIREITOS, VIVAS E LIVRES Data: 08 de março de 2024 Horário: Concentração às 16h Local: Praça da Catedral, Setor Central em Goiânia
(Texto: Cláudia Nunes – assessora de Comunicação do evento)
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